Poesia é sexo.
Derramo as palavras no verso
como me espalhas pela cama.
Repito no alvo do papel
o assédio dos teus lábios rubros.
Saboreio cada palavra
como mastigo tua libido.
Rasgo a fibra do ofício
como estraçalho tua carne.
Livro os vocábulos da gaiola
como tiro tua roupa.
Minha mão é para a coerência
o que é teu grito para o silêncio.
Sexo é poesia.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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