Na fumaça dos motores irrequietos
cortinas de tijolos escondem o azul.
No buzinar de andares apressados
o ruído mecânico cala o rouxinol.
No tilintar dos ponteiros arrogantes
a soberba dos olhares retos.
Altas janelas, pobres calçadas
recebem o tropeçar de quem só passa.
O negro ganha a borracha das solas distantes
para quem do verde só quer o domingo.
Na poluição dos letreiros confusos
olhos cansados perseguem o banal.
Pareces ser, meu amor,
no cinza das cidades,
a última flor a colorir meu cenário.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
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