sábado, 18 de outubro de 2008

Sartrélite

Quão bela é a lua
­­­que esquece de ir embora
e, com o raiar do dia,
ainda permanece no céu.

Tem a beleza do engano,
da lâmpada que no claro
continua a brilhar
sem a preocupação de ser vista.

Só é bonita
porque não se quer assim.
Desperta o olhar
por não pretender fazê-lo.

Quanto lirismo há nesse globo
perfeito por seus descuidos!

Bela é a lua
da qual te falo
e não fazes idéia
do quanto te pareces com ela.

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