Se me olho no espelho,
é como se um outro eu
me espancasse
com força e vontade
de milhares de mãos.
Sou forte, diz ele.
Enquanto trabalhas, namoras,
te demitem, te separam,
eu cresço mais,
alimentado pelo que não fostes.
Fala baixo, eu suplico.
Os vizinhos todos vão saber
que não moro sozinho.
Logo eu
que não acredito em fantasmas.
Não importa, ele replica.
Sou livre!
Te deixo o sofrer da existência
e me nutro da idéia.
Me combater é inútil
porque sou tu e muitos outros.
domingo, 16 de novembro de 2008
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