terça-feira, 23 de dezembro de 2008

És mola

uma velhinha rastejava,
qual serpente moribunda,
pela calçada irregular.

alcançando sua cabeça,
arranquei as poucas escamas
que ainda lhe acompanhavam.

ou emprestei a caridade
de um breve sorriso.

não lembro bem agora.

Um comentário:

Jacques disse...

o último verso é pra matar
me inspira a pensar sobre o efeito borboleta dum simples ato num passado distante que influi até agora...
muito bom!