fechado,
a boca
aberta.
A dela
desfilando pelos cravos do meu rosto,
a minha
balbuciando penitências.
O escárnio dos seus dentes
se misturava ao vinho
que vazava dos meus poros.
Imersa nesse mar de deboche
estava a vontade
que já foi minha,
mãos-dadas com a consciência
numa luta para seguir.
Assim, me afogando no quarto,
resolvi beber um pouco de ti.
Mas sei que, não fosse o fermentado
e todo seu poder de transcender,
pediria para você ligar o rádio.

Um comentário:
te resta a embriaguez de prazer, pois ela se entorpece na auto-comiseração... tão típica
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