terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cela

gastava o giz
na parede áspera
com desenho de mulher
que nunca acabava

um giz curto
um homem doído
uma parede à cal
um mau cheiro

sonhava abraçá-la
deitá-la na cama
como fazia quando
só a ela estava preso

2 comentários:

Daniela Delias disse...

Não imaginas o quanto é mágico te ler. És raro...bjo!

Unknown disse...

Verdadeiro Pigmalião.
Tava sentindo falta dos teus versos... =D