segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Turbilhão

Por que vens, turbilhão,
e levas todos meus papéis?
O sol não te quer bem,
vai à noite, arrasta a seda
e me revela o claro rubi.

A força do teu vento, turbilhão,
deveria sábia também ser.
Se assim fosse,
carregaria seu ímpeto daqui
e marcaria com fúria outro corpo.

És criação de outro ser, turbilhão,
e ele não está aqui.
És obra da menina do rubi,
és castigo pelo que eu não fiz.

Me entenda, turbilhão,
não quero tua companhia.
Na partida de tua dona,
decidi ficar sozinho.

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