Desfolhando meus poemas,
uma amiga me disse
que faltava um de amor.
Eu falei que precisava
ter os sentidos submersos
na poesia louca de Godard;
ser metralhado
pela melancolia parisiense;
travar conversa
com o silêncio falante.
Precisava filosofar
nos cafés da dúvida;
sorver o enigma
da felicidade triste;
e me libertar
com as mãos que correm
pelos bulevares do meu corpo.
Tá, não disse isso tudo.
Argumentei apenas
que precisava te ver,
minha Anna Karina.
Ser morto por ti/contigo
e começar
a viver a vida.
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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