quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Tróia

Junto à barca navega minha perdição,
Em meu porto inseguro observo mar adentro
Quando nas ondas amorfas me encontro
Flutuando sem rumo, sem ação.

Nunca basta a advertência de minha razão
Pois minha sentença é sempre premeditada.
Ao perder-me minha liberdade é antecipada
No que meus anseios, ao cabo, fluem em vazão.

Leio em tua fronte uma ameaça
Desfigurando meu orgulho com desdém
Se insinuando: venho desatar tua mordaça.

Já então desperto como vítima
Assim me ajoelho
Diante da menina que se fez ama.

(Edu Jacques)

2 comentários:

García disse...

Belo e verdadeiro, traz a experiência humana de batalhas.

Anônimo disse...

Grato.
Eis que o aprendiz se manifesta.